Em depoimento à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (10), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) refutou a alegação de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, e negou ter editado a chamada "minuta do golpe".
Na segunda-feira (9), Cid afirmou que Bolsonaro recebeu o documento, o “enxugou” e manteve o trecho que previa a prisão do ministro Alexandre de Moraes.
Contrariando a declaração do ex-ajudante, Bolsonaro negou qualquer edição da minuta. “Não procede o enxugamento [da minuta]”, afirmou o ex-presidente em resposta aos questionamentos do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.
Durante o interrogatório, Moraes perguntou se o ex-assessor Filipe Martins havia enviado o documento para apreciação de Bolsonaro e se o então presidente teria, posteriormente, apresentado a minuta aos comandantes das Forças Armadas.
“Tem os ‘considerando’ [...] Conheço muito bem o Filipe Martins e, se ele tivesse participado, saberia precisar qualquer tipo de contato com ele. Quero isentar o Filipe Martins”, respondeu Bolsonaro.
O ex-presidente é o sexto réu a ser ouvido pelo STF no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.
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