Nesta quinta-feira (5), o primeiro-ministro da França, Michel Barnier, apresentou sua renúncia ao presidente Emmanuel Macron após perder um voto de desconfiança no parlamento. Barnier deixa o cargo após menos de três meses no poder, registrando o mandato mais curto da história moderna do país. Ele havia assumido o cargo em setembro.
O voto de desconfiança ocorreu devido à tentativa do premiê de aprovar o orçamento de 2025 utilizando um mecanismo constitucional polêmico, que permite contornar a votação legislativa. Apesar de viabilizar a medida, a estratégia provocou indignação entre os parlamentares, que apresentaram moções de desconfiança contra o Governo.

Entre as propostas do orçamento que geraram oposição, destacam-se medidas como o adiamento de aumentos de pensões vinculados à inflação, amplamente criticadas por partidos de oposição.
No voto final, 331 dos 577 deputados votaram contra o governo, resultando na queda do premiê. Nenhum primeiro-ministro francês havia sido destituído por um voto de desconfiança desde 1962.
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