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Teresina - Piauí

Guardas civis municipais de Teresina cobram pagamento de adicionais atrasados

Os representantes da categoria pedem apoio da Câmara para pressionar a prefeitura na pauta.

Durante sessão realizada na manhã desta terça-feira (29), foi apresentado na Câmara Municipal de Teresina um requerimento cobrando da Prefeitura o pagamento de três adicionais salariais devidos à Guarda Civil Municipal (GCM), que estão em atraso há cinco meses.

O autor do requerimento, vereador João Pereira (PT), destacou que a medida busca garantir a valorização dos profissionais da segurança pública municipal. “Primeiro, é a valorização desses profissionais. Hoje, Teresina tem cerca de 1 milhão de habitantes e apenas pouco mais de 300 guardas civis. A gestão precisa reconhecer esse trabalho. Há um acordo firmado na gestão anterior sobre o parcelamento dos salários que não está sendo cumprido, além de pendências com as progressões e adicionais noturnos”, afirmou o parlamentar.

Foto: Lucas Dias/GP1João Pereira, vereador de Teresina pelo PT
João Pereira, vereador de Teresina pelo PT

Ele reforçou ainda que a segurança pública precisa ser uma prioridade na istração municipal. “O Estado vem atuando de forma intensa para reduzir a criminalidade, e os GCMs também têm um papel essencial nisso. Eles não apenas fiscalizam espaços públicos, mas também contribuem diretamente para a sensação de segurança da população. Muitos desses profissionais são concursados e têm ensino superior. Mesmo assim, continuam sendo desvalorizados”, criticou João Pereira.

Em entrevista ao GP1, Felipe Alves, representante da base do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (SINDSERM) e da GCM informou que a categoria busca uma mediação dos vereadores junto ao prefeito para solucionar não apenas o atraso, mas também outras demandas da corporação. "Já estamos entrando no quinto mês sem receber esses adicionais. Ontem mesmo, antes de virmos aqui pedir essa mediação, o prefeito sinalizou que o pagamento será feito, mas ainda não temos certeza. E, além disso, há outros problemas que esperamos tratar com a gestão e com os vereadores futuramente", afirmou o guarda civil.

Foto: Lucas Dias/GP1Felipe Alves, GCM e representante de base do SINDSERM
Felipe Alves, GCM e representante de base do SINDSERM

Segundo ele, os valores se referem a uma parcela anual do adicional de risco de vida, que integra o plano de carreira da categoria. Esse adicional, conforme o estatuto da GCM, foi reajustado em um acordo parcelado ao longo de oito anos, mas o valor correspondente a 2024 ainda não foi depositado. "Essa parcela de agora representa cerca de R$ 250 mil e beneficia o grupo G100 da guarda. Entendemos que há dificuldades financeiras, mas não consideramos isso um impedimento real para o pagamento. Tivemos várias reuniões e tratativas com a Prefeitura, e seguimos aguardando um posicionamento definitivo", destacou o representante.

Ele explicou ainda que, para cada servidor, o valor mensal pode ultraar R$ 1 mil, o que representa uma perda significativa em um salário que, atualmente, varia de R$ 2 mil a R$ 5 mil brutos. A categoria também reivindica o fim do parcelamento do aumento, já que outras classes do funcionalismo municipal receberam reajustes integrais.

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