Fechar
GP1

Inhuma - Piauí

Ex-secretário de Inhuma Erivan Gonçalves é denunciado por matar empresário

A denúncia foi recebida no dia 23 de março pelo juiz Elvio Ibsen Barreto de Souza Coutinho.

O Ministério Público denunciou Erivan Gonçalves de Almondes, ex-secretário municipal de Agricultura de Inhuma, por homicídio triplamente qualificado contra Adriano Dias Meirelis, conhecido como "Adriano de Zé Mirica". O crime ocorreu em 2 de março de 2025, quando o acusado desferiu três disparos de arma de fogo contra a vítima, demonstrando "dolo homicida e evidente menosprezo à vida", segundo a denúncia assinada pelos promotores Jessé Mineiro de Abreu e Márcio Giorgi Carcará Rocha.

A tragédia começou por volta das 19h20min na Churrascaria Alves, no Povoado Banguês, onde Adriano trabalhava com sua companheira. Erivan foi ao estabelecimento e foi solicitado a se retirar pela vítima, que deixou claro que ele não era bem-vindo no local. O simples pedido gerou "profundo descontentamento" no ex-secretário, que saiu do local visivelmente irritado e seguiu para o Bar da Cristina, onde mencionou que iria buscar algo em casa, retornando armado.

Foto: ReproduçãoErivan Gonçalves de Almondes
Erivan Gonçalves de Almondes

Ao retornar à churrascaria acompanhado de José do Nascimento Sousa, Erivan sacou a arma, engatilhou e apontou diretamente para o rosto de Adriano. Apenas a corajosa intervenção de Adriana Ferreira de Sousa, companheira da vítima, que se colocou entre ambos suplicando pela vida de Adriano, impediu a execução imediata. Frustrado, o acusado deixou o local em sua motocicleta rumo ao centro da cidade.

O desfecho fatal ocorreu no cruzamento da Rua Acelino Almeida com a Rua Raimundo Borges de Oliveira, quando Adriano chegou ao local onde Erivan conversava com José do Nascimento. Com propósito homicida renovado, o ex-secretário exclamou "Tu quer morrer mesmo?" e disparou três vezes contra a vítima indefesa. Adriano, mesmo agonizando, conseguiu dizer suas últimas palavras: "Foi Erivan que me matou", antes de falecer a caminho do hospital por choque hipovolêmico hemorrágico.

As consequências do crime foram devastadoras para a família da vítima. Adriano deixou um filho portador de deficiência que dependia de seus cuidados e pais idosos de 81 e 76 anos que recebiam auxílio constante do filho. A ausência do provedor e cuidador principal ampliou a dimensão da tragédia, deixando dependentes vulneráveis desamparados pela perda irreparável.

O Ministério Público classificou o crime como homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, perigo comum (disparos em via pública cercada por residências) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A denúncia foi recebida em 23 de março pelo juiz Elvio Ibsen Barreto de Souza Coutinho, da Vara Única de Inhuma, que designará audiência de instrução para prosseguimento da ação penal.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2025 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.